Nossa História

Nossa história

Acontece que chegou um determinado momento em minha carreira no Demarest, que eu sentia que havia atingido o ponto máximo lá dentro. Tinha me tornado sócio da área criminal, era respeitado dentro e fora do escritório, mas via que o resto da minha carreira seria exatamente daquela forma. Só que a área criminal dentro de um grande escritório é uma área acessória, que vive do crescimento do escritório. O Demarest atravessava uma fase difícil de transição de gerações. Eu particularmente não me identificava com os novos líderes do escritório, sendo que a grande maioria dos amigos que tinha feito no Demarest ou já tinham se aposentado ou já tinham deixado o escritório para enfrentarem outros desafios.

Por todas essas razões, resolvi deixar o Demarest. Minha ideia inicial era de comprar uma sala pequena e ir advogar sozinho. Quando comentei com a Andrea que estava a fim de sair do escritório, ela me disse:

– “Luís, saio com você, nem que seja para trabalhar debaixo da ponte.”

Ouvir aquilo me motivou muito. Perguntei se ela achava que o Rafael também sairia e ela me respondeu que achava que sim. Falei com o Rafael e ele disse que, se eu saísse do escritório, também sairia.

Aí, liguei para o Leandro e marcamos de comer uma pizza no Camelo da Rua Pamplona. Falei para ele que tinha vontade de sair do escritório para montar um escritório de advocacia criminal e que era hora de reparar o erro de não tê-lo efetivado. O Leandro também queria montar um escritório dedicado somente à advocacia criminal e topou a ideia na hora. Para mim era o que faltava, pois o Leandro tinha muita experiência com a montagem de um escritório de advocacia e tinha uma visão muito mais clara de como conduzir as coisas.