Depois disso, trabalhamos muito juntos, quase quatro anos, até que chegou o momento em que o Leandro se formou e eu precisava tomar a decisão de efetivá-lo ou não. Juntamente com ele, um outro estagiário se formava. Ambos eram excelentes estagiários, mas só havia espaço para um deles. Consultei as outras advogadas que trabalhavam na minha equipe e a decisão foi no sentido de não efetivar o Leandro. A vida me mostrou que essa decisão foi um tremendo erro. Porém, foi um erro que acabou dando certo. O Leandro saiu e montou um escritório. Começou literalmente do zero e foi crescendo. Essa experiência de vida e profissional formou um profissional que talvez o Leandro não seria, se tivesse sido efetivado no Demarest.
Mantivemos a amizade e o Leandro sempre me procurava quando tinha alguma dúvida ou quando queria trocar ideias sobre os processos do escritório dele. Do meu lado, sempre que surgia um caso que não dava para pegar pelo Demarest, indicava o Leandro para atuar. E assim fomos indo. Eu no Demarest e o Leandro no escritório dele.
Enquanto o Leandro ia construindo uma carreira sólida e de sucesso graças ao seu trabalho sério, honesto e de resultados incontestáveis, eu seguia tocando a área criminal do Demarest, que foi apontada como uma das melhores do país nos anos de 2007 a 2012. Também fui apontado como um dos advogados criminais mais admirados nesse mesmo período pela Análise Editorial. O que mais me orgulhou em receber esses prêmios nem foi o fato de ser apontado, mas sim os nomes dentre os quais o meu estava. Ali estavam todos os meus ídolos de início de carreira. Foi uma grande emoção. Em 2012, fui apontado como um dos melhores na área criminal pelo respeitado Chambers e também pelo Latin Lawyer.